Dimensão Monitoramento
De acordo com o Estudo, a média nacional nesta dimensão alcançou 34,5 pontos, situando-se no nível 2, o mesmo nível alcançado na pesquisa anterior (35,4 pontos). Observa-se que grande parcela dos destinos possui monitoramento de turismo deficiente, pois 17 deles encontram-se no nível 1, e 19 no nível 2, resultado que denota "estagnação" nesta dimensão, uma vez que, em 2008, o nível 1 também abrangia 17 destinos, e o nível 2, 18.
Na faixa intermediária (entre 41 e 60 pontos) o Estudo apresenta 22 cidades; enquanto que no nível 4, situam-se apenas sete. Na pesquisa anterior, havia 24 destinos no nível 3, e seis no nível 4. Nenhum destino turístico brasileiro conseguiu atingir o nível mais elevado da escala na Dimensão Monitoramento, assim como no ano passado.
Em relação às capitais, a média obtida foi de 41,8 pontos, o que corresponde ao nível 3, enquanto que as não capitais (média de 29,4) posicionaram-se no nível 2. Observou-se quadro semelhante no ano de 2008, quando as médias eram de 42,1 pontos para as capitais, e 30,6 para as não capitais.
Já no que diz respeito à classificação por região, o Sudeste e o Sul obtiveram médias 43,7 e 41,7 pontos, respectivamente, situando-se no terceiro nível e acima da média nacional. As médias obtidas pelas regiões Norte (33,0 pontos), Centro-Oeste (32,0) e Nordeste (28,8) posicionaram-se no nível 2 da escala.
Em síntese, Monitoramento é uma dimensão que necessita de fortalecimento. Apesar de haver pesquisas de oferta e demanda em muitos destinos, poucas delas são aproveitadas para o desenvolvimento de políticas públicas no setor. Soma-se a isso a incipiência quanto à elaboração de estatísticas de turismo de forma sistematizada, e também quanto ao monitoramento dos impactos econômicos, sociais e ambientais causados pela atividade turística. A criação de um departamento de estudos e pesquisas, enfim, pode otimizar os resultados desta dimensão.
Por fim, no intuito de facilitar o entendimento do Relatório Brasil 2009, nunca é demais lembrar que os resultados das análises realizadas consideram cinco níveis de competitividade, numa escala de 0 a 100.
Primeiro Nível (0 a 20 pontos) – refere-se ao intervalo em que os destinos apresentam deficiência em relação à determinada dimensão.
Segundo Nível (21 a 40 pontos) – apesar de expor uma situação mais favorável do que o anterior, ainda evidencia condição inadequada para a competitividade de um destino.
Terceiro Nível (41 a 60 pontos) – configura situação regularmente satisfatória.
Quarto Nível (61 a 80 pontos) – revela a existência de condições adequadas para a atividade turística, considerado o padrão mínimo de qualidade.
Quinto Nível – corresponde ao melhor posicionamento que um destino pode alcançar (81 a 100 pontos).
Fonte: Relatório Brasil 2009
Uma amiga comentou que o brasileiro é tão ruim em monitoramento que a CEF tem muito dinheiro de apostadores que jogaram, ganharam , porém não conferiram o resultado e perderam o dinheiro.
ResponderExcluirMe parece que este "hábito" fica claro no Estudo de Competitividade 2009!
Monitoramento é uma dimensão que necessita de fortalecimento. Apesar de haver pesquisas de oferta e demanda em muitos destinos, os dados não são transformados em INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS. Os envolvidos com a gestão do turismo local devem fazer um esforço maior para entender que somente coleta de dados não aumenta a competitividade, o que realmente conta é a entrega da informação aos diversos públicos atuantes no turismo.
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